Prólogo
_______________________________________________________________
Está no inverno, o
frio está mesmo de matar, é quase um inferno, um inferno gelado por assim
dizer... As vidas agora ficam completas, se antes já era preto, agora também há
o branco; Maldito Inverno.
Somos seres
vivos, como humanos somos uma espécie no meio de milhares. O que procuramos, o
que querermos? Nos tornamos seres invejosos, ignorantes, hipócritas, sempre em
buscas de respostas. Algo que nos venha dar sentido para nossa existência, matamos
por ideias, amamos por prazer, vivemos para o quê?
O que é o ser humano ?
Em meados de 1800...
Nas profundezas de
Londres, havia um gigantesco laboratório, filiado a corporação de S.C.B (Saúde
e Conhecimentos Bioquímicos). Muitos cientistas famosos saíram de lá, pesquisas
revolucionarias e teorias fantásticas foram feitas nesse laboratório. Tudo é
mantido em rigoroso sigilo e ninguém sabe o motivo. Historias sombrias e
grotescas já correram toda a Europa, sobre este laboratório. A sociedade não
sabe de nada que se passa por lá, tudo é um imenso segredo.
Rewpher Greed, é um dos membros da S.C.B, e está a algumas
semanas ausente, com trabalhos no laboratório. Ele é de fato um gênio, vários
livros publicados, varias experiências de sucesso e teorias devastadoras, Um
mestre na arte do conhecimento.
Havia dois dias
que Rewpher permanecia acordado no laboratório, vivendo apenas de seus
cochilos. Os trabalhos que ele fazia eram um mistério, apenas alguns fragmentos
foram publicados, e mesmo assim, não é qualquer um que consegue tomar posse
disto
Já era próximo de
uma da manhã, um dos faxineiros da corporação passava organizando as
salas. É um caso, que a maioria dos que
trabalham por lá, são um tanto desleixados , deixam arquivos, anotações e
ferramentas espalhadas pelas salas. O faxineiro organizava os papeis que
estavam em cima de uma das mesas da sala de substancias, quando de repente um
grito percorre boa parte do laboratório.
O funcionário joga
os papeis assustado e segura sua vassoura que estava apoiada na mesa, com
esperança de que fosse lhe proteger. Foi saindo lentamente da sala que estava,
aquele cheiro de medicamentos e substancias
químicas causavam uma náusea incontrolável. Estava escuro e silencioso,
depois do grito, tudo se calou. Apenas as maquinas despertavam baixos ruídos,
os passos do próprio faxineiro lhe causavam medo, pois ecoavam pelo lugar
inteiro.
-Apareça! Disse o Faxineiro
Seus membros tremeram incrivelmente, o medo percorreu todo o
seu corpo, sua voz reinou na sala de forma impactante. Ninguem respondeu...
-Chamarei a segurança! O funcionário começou a ficando
nervoso, quando de repente , o som de passos sobre lascas de vidro ecoou. Um
choque percorre toda a espinha do homem, a sensação de medo vai as alturas,
apertava o cabo da vassoura com tanta força que parecia quebrar. Estava muito
escuro e havia varias sala no corredor em que ele estava, o que quer que seja,
poderia sair de qualquer lugar... O som de passos se aproximavam, e o desespero
só aumentava. O faxineiro recuava aos poucos, e o som dos passos ficaram cada
vez menos audíveis, quando de repente, o silencio domina tudo novamente.
-Eu consegui... Eu... Não creio, mas... Consegui. Uma voz
rouca surge diante das sombras. -Me ajude, eu vou acabar não aguentando... Vou
morrer. Diz a voz
-Por favor, identifique-se, quem é você? Pergunta o funcionário.
-Não tenha medo, eu estou ferido... Ele já foi.
O faxineiro se aproxima cada vez mais, uma escuridão plena,
nada se via. Ele usou a vassoura para se guiar, até perceber que estava entrando
em outra sala, ligou a luz e testemunhou a uma cena que o arrepiou dos pés a
cabeça.